terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Notes from the couch III

Nunca sei o termo certo. Acho que a beleza de tudo é isso: o torto. Nunca saber. Nunca saber se se sabe. Se é isto mesmo. Se o mesmo é diferente. Se antes as frases eram assim curtas ou se eram longas. E não se preocupar. Como alguém com uma memória seletiva. Ou como alguém sem memória. 
Eu acho que sim. E que não. E que depois não sei mais. Que o número de linhas não importa. Importa é o número de sacolas com lixo que eu tiro por semana do apartamento. E quanto tempo eu demoro para demorar a me curar da ressaca. E quantas páginas eu deixo de escrever por semana. Porque às vezes a ausência de palavras, o esquecimento de certas coisas, não é sinal de derrota, de uma quebra na rotina. É sinal de que se está vivendo e que tudo isso poderá ser escrito depois.