quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Já as ruas, elas não moram mais em mim. Só me transparecem uma tristeza absurda e eu gotejo a cada passo cansado e mole. Me sinto como essas pessoas depressivas do final do dia, voltando para suas casas, sem pensamentos úteis ou vontade. Me sinto como um balão cheio de ar com um destino traçado, sabendo que pode explodir a qualquer minuto. Me sinto como qualquer coisa, menos o que eu era... e a felicidade que me dominava, parece ter sumido com essas noites que só rasgam os meus olhos, a minha pele, a minha mente -pra não ser mais dramática e dizer coração.
Que pensamentos ainda podem existir numa cadeia de um milímetro preenchido pelo vazio?

domingo, 8 de fevereiro de 2009

E desde que eu penso, a pior coisa que eu posso admitir é que o inconsciente pode me afetar mais do que qualquer fato, pessoa ou sentimento. Sou sempre enganada por algo que vive em mim mas não me pertence. Chego sempre ao último grau de loucura por não entender essa precisão que ele tem de não querer ser possuído e compreendido. Quer ser livre, como eu. E essa é a única coisa que temos em comum e no entanto, a única que me prejudica.

Sou masoquista ou teimosa. Ou qualquer coisa que não mereça um pingo de atenção.