terça-feira, 30 de junho de 2009

Nos seus olhos se encontra um outro ser, mais ameno, bondoso e seguro. Ela não sabe. Como se há de notar outro ser dentro de si? Espelho? Não, julga-se muito feia para se olhar.
E a outra está sentada em sua cadeira de vime, fingindo ser um trono. Fala como se soubesse de tudo, mas tem uma ervilha no lugar do cérebro.

Há diversas características nos humanos e parece que todas elas levam a um mesmo lugar: enganação do próprio ser.


'Quem' é uma palavra muito perigosa.

quinta-feira, 25 de junho de 2009


Ah, Maria! Desculpa ter te dado esse nome hoje à tarde, que nem é acompanhado de um sobrenome de tão pobre e simples que é. Eu juro que não sabia que no final do dia teria que te matar tão asquerosamente! 'Estrangulei' seu corpo frágil e sem cabeça até a morte e ainda o deixei em cima do banco da praça. Desculpe-me Maria, já estava escuro e eu não sabia onde te deixar passar a noite, ninguém quis ficar com você, ninguém quis te dar água pra você não perder sua cor azul bonita. Não queria que você ficasse branca. Não queria que você morresse sem água. Tive que te matar com as minhas próprias mãos. Perdoe-me Maria...
Obrigada Jaqueliny pelo selo (mesmo)! :)


1. Colocar o selo no blog;
2. Indicar 10 blogs que a gente adore;
3. Informar aos "premiados";
4. Dizer 5 coisas na vida que adore e por quê;

Não vou indicar ninguém porque não tenho dez blogs que eu adoro pra indicar e os poucos que eu indicaria já foram indicados.

5 coisas que eu adoro e porquê:
-Viajar porque me liberta dessa cidade com pessoas maldosas e vulgares.
-Céu porque me salva sempre, até mesmo nos dias em que parece não haver uma saída.
-Escrever, mesmo às vezes não sabendo o que, porque faz de mim alguém -ou tenta fazer.
-Amar, porque... (qualquer motivo seria pequeno demais).
-Ler porque me dá a possibilidade de fugir de tudo e ser outra pessoa.


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Pegou suas botas de chuva, seu casaco de veludo, suas palavras machucas e saiu pela porta, deixando-a escancarada. Lá fora chovia e havia grandes poças de água ao longo da rua. Suas meias se encharcaram num segundo e seus cabelos viraram grandes nós impossíveis de se desfazerem. Mas o alívio de poder sair de casa era mais forte do que qualquer preocupação com a aparência; não aguentava mais as reclamações consistentes em fatos pela metade, não aguentava mais seu olhar vago e triste naquele espelho manchado.
Tropeçou e caiu. A vida poderia perder o sentido naquele momento que ela não se importaria. Chovia e fazia frio. Chovia e ela estava inconsciente, mais uma vez dentre todos esses anos. O próximo passo não precisava nem existir, os motivos não eram visíveis e muito menos invisíveis, eles de fato não existiam.

Mas sorria, sorria ali, mesmo sem saber, caída no meio da rua, porque já não sabia se morria ou se continuava a viver.

sexta-feira, 5 de junho de 2009


Minha arrogância sempre me fode, SEMPRE. Seja interiormente ou exteriormente. E eu já não sei lidar com isso e já não sei como faço pra contornar as situações.