domingo, 17 de junho de 2012

I

Dançamos jazz lentamente, meia garrafa de vinho para ser consumida, em cima da mesa, o copo de vidro com marca de batom vermelho nas minhas mãos. Dançamos jazz no meio do quarto do hotel com lençóis limpos, naquele momento limpos e manchados de vinho, ouvindo a mistura da música com o ruído do trem que passava do outro lado da rua. Dançamos jazz como se ele pudesse ser dançado por nós, quase atrasados para o show da noite, quase adiantados para o nascer de novas certezas.