quinta-feira, 29 de julho de 2010

Desenho as palavras no papel amarelo guardado no fundo da gaveta. Desenho-as porque não sei mais compor frases e histórias. O vazio consegue engolir tudo e já não há mais nuvens rosas no final do dia. Não há mais meninas e o silêncio ecoa pela casa, o silêncio que antes era substituído por gargalhadas agudas.
As olheiras continuam intactas e o roxo delas não combina com os olhos.
Há ainda o caminho de folhas secas? Há ainda a melodia que tocava em nossas mentes?
O azul marinho do céu, à noite, virou preto. As estrelas nunca estão sozinhas.

As estrelas nunca estão sozinhas.