quinta-feira, 10 de junho de 2010

Todas as pessoas tão frias em seus casulos. Todas as pessoas inteligentes tão frias em seus casulos. Ignoram a felicidade da ignorância. Ignoram a ignorância. Ignoram a felicidade.
Por que se jogar em um mundo pequeno o suficiente pra uma quantidade de sentimentos ininteligíveis?
Pra que se atirar de uma ponte alta demais que nunca irá se romper? O voo tem sempre o mesmo gosto de perigo.
Por que acreditar que essa tristeza vai passar e que enfim virá uma compreensão?
Pra que se preocupar com a complexidade quando toda a essência está na simplicidade?


Esperou tanto tempo naquele banco que o azul do céu da hora do meio dia se transformou na escuridão da meia noite. Esperou tanto tempo naquele banco que suas lágrimas secaram no seu rosto gelado e suas mãos ficaram vermelhas e duras. Esperou tanto tempo naquele banco que tudo o que podia ver na sua frente depois da meia noite era o fim que podia dar em tudo. Esperou tanto tempo naquele banco que seu coração foi congelando e seu corpo todo foi se dobrando na forma da solidão. Solidão era, afinal, a prova de que a loucura sempre está presente. Esperou e apenas esperou. Esse era o seu estado: o de espera. Seus olhos foram perdendo o brilho. Esperar era desilusão. Queria virar pó e precisava disso.