Engraçado que lembro de você, mas não
lembro de mim. Lembro da música e do vinho, das estrelas e da textura do chão,
mas não lembro da minha imagem lá, não lembro de sentir o meu corpo. Penso se
fui eu quem me matou. E como posso recordar disso se desfaleci em mim mesma.
Hoje o céu azul não é a chuva que eu
previ, ontem. Ela cai também na inexistência. Como a minha imagem que eu não
guardei.