sábado, 16 de novembro de 2013

Sem título

Estou cada vez mais dentro de mim. Me engulo e me protejo do mundo. Vivo em posição fetal. Quando me sinto ameaçada, abraço minhas pernas e me fecho um pouco mais. Tenho cãibras, tamanha a tensão. E a tensão me empurra para dentro. Sempre para dentro. Amontoa as palavras, os sentimentos, a razão. Amontoa nos olhos. Mas os olhos também são para dentro. Eu olho para fora, mas estou dentro. Vejo tudo, menos o que acontece do meu lado.

Não sei até quando vou caber dentro de mim.