terça-feira, 20 de novembro de 2012

Considerações finais sobre um conto não escrito

Eu te fiz tantas poesias, tantas que nem cabem nessa agenda atrasada. E te fiz desenhos. E sonhos. E músicas. E madrugadas. E luas. E insônias. Meu deus, quantas insônias eu fiz só esperando que a manhã chegasse e depois a noite e o lugar das formigas e os aviões pousando. E talvez umas cervejas. Mas nem sempre fiz questão de cervejas. Fiz questão de você, em todos os dias, noites, nas vozes, nos pesadelos. Até nas presenças eu fiz questão de você. E também nos dias de chuva, sem guarda-chuva, sem galochas, sem finais de sextas, quartas, quintas, segundas e terças.