sexta-feira, 21 de janeiro de 2011


Hoje, sobre uma noite pouco dormida mas tranquila,
sobre mosquitos mortos na parede do quarto e
os dias de férias na praia quente e transparente.


Hoje, sobre o inefável que liga o sentimento clichê,
sobre médicos que se especializam em problemas estranhos e
as estrelas cantando a última música antes de eu dormir.


Hoje, sobre uma solidão que de tão doce não dói,
sobre ruas asfaltadas que emitem sons ensurdecedores e
o café quente da térmica que acaba quando eu me sirvo.


Hoje, sobre os segundos congelados do pôr do sol,
sobre pessoas que te amam e choram quando você vai e
gatos que não te amam mas ficam perto de você.


Hoje, sobre a brevidade da paz.
Hoje, sobre o corpo descansado.
Hoje, sobre a tristeza que se foi.

Amanhã não se sabe.