quinta-feira, 18 de março de 2010

Pegou um cigarro, saiu da aula e acendeu. Aquele ar de quem não está nem aí para os outros. Aquele ar de quem não está nem aí para si mesma. Mas sabia o caminho e o jogo que deveria jogar e sabia que eu era mais uma vítima. Alguém tinha que perder. Era difícil iniciante não cair.
A noite me avisando do perigo e eu querendo o perigo. Morrer na incerteza. Cair no silêncio perfeito. Quem sabe quebrar o último traço de um eu antigo? Eu só queria arriscar mesmo que fosse pra perder tudo. Mas da minha coragem brotava apenas covardia.

Como se pinta a boca sem borrar?
Como se acende o sol de domingo sem se queimar?


"A melhor coisa a fazer, quando estamos neste mundo, é sair dele, não é? Louco ou não, medo ou não." Céline