quinta-feira, 28 de maio de 2009

Às vezes me assalta uma nostalgia do que eu não fui, do que eu não vivi, de músicas que hoje escuto e é como se tivessem feito parte do meu passado, mas não fizeram.
É quase meia noite e as palavras aparecem agora como água jorrando de uma torneira aberta, e não mais como pingos espremidos e lentos de uma torneira fechada, quase lacrada. Sempre fui da opinião de que o dia é feito para dormir e a noite para viver, mas toda a sociedade vai contra os meus princípios e agora eles não são muito válidos até para mim, mas sei do meu futuro, ou pelo menos tenho a ânsia de realizá-lo. Estou tentando pôr a culpa no dia pela minha falta de 'inspiração'? Que ironia! Não há a quem culpar, porque não há um fato, nem uma verdade, nem um conciliamento de ideias. Há só o nada, que não é mais suficientemente capaz de suprir minhas carências mentais.

Tenho medo de cair pra dentro de mim e não voltar. Mas o medo não é tão real assim, porque 'não sei viver, só sei lembrar-me'.