quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Não quero falar de palavras. É muito exaustivo e eu coloco o meu humor em risco. Tudo fica em risco. Não ando querendo arriscar. Me contorço só de saber que em duas horas eu tenho que levantar daqui e passar as próximas duas andando por aí pensando no que fiz hoje, no que eu vou fazer amanhã, como minha vida seria se eu não estivesse aqui, como eu seria se minha mente estivesse no corpo de outra pessoa, etc. Pensar me desgasta emocionalmente e fisicamente. Pensar era a única coisa que eu fazia há um tempo e agora só gera um mal estar.
Tudo é tão mais simples quando a complexidade se afasta e eu posso enfim descansar de mim mesma. As pessoas se enganam quando dizem que descansaram durante a noite. A mente trabalha muito mais e na manhã seguinte deixa a sensação de ter participado de uma maratona.
Eu acordo calma, cansada e chata, mas isso muda em quinze minutos. Quando não muda é culpa da chuva, dos bom-dias que eu detesto ou na maior parte do tempo das próprias pessoas mesquinhas e hipócritas -ando usando esses termos ultimamente - que estão na minha companhia.
Queria que minha máquina de escrever voltasse a funcionar só para eu poder ficar contando de um até dez e depois reiniciar.

Que direto tudo isso. Mas, dane-se.