terça-feira, 22 de julho de 2008

Eu tinha os fins na palma da minha mão e eles tentavam escapar pelo meio dos dedos. Relutavam e quando viam que enfim não conseguiriam, tentavam penetrar em mim e me absorver por completa. Então o outono chegava, eu ouvia o vento soprando e meus olhos se prendiam nas folhas que caíam calmamente das árvores. Era o momento do ano que eu mais ansiava: me ver livre de tudo e de todos. Os nomes e frases escritas no banco da praça sumiam quando a chuva caía. Tudo apagava quando vinha a escuridão e renascia das cinzas quando o sol nascia novamente.