terça-feira, 27 de outubro de 2015

Notas de SP II

A poesia se perde entre o café preto e a chegada no trabalho. Talvez seja o rio com cheiro de podre. Ou as pessoas do trem. Ou o sol forte que nunca dá lugar à chuva.

E depois, à noite, a cerveja afoga os resquícios que ainda existiam.


Assim vamos. Eu. Você. Essa (falta de) rima. Esse dia. Essa paz que mora numa bolha decorada com gesso. Assim vamos. Nós. Essa quase música que fazemos com o som dos trens vazios que estacionam na frente de casa. No meio do caos externo, nunca fomos tão calmos.