domingo, 17 de abril de 2011

-Preciso de uma Tristessa na minha vida.

Toda pura, de corpo e alma, tentando entender a afirmação. Toda gelada na cama pensando onde é que ele estaria naquela noite fria. Toda cansada não conseguindo dormir. Toda dele, mesmo que nunca viesse a saber. O livro com as páginas amarelas reluzindo na cabeceira da cama. Ela nunca seria a Tristessa.

-Não chora, pequena. Não chora. Você pode ser outra coisa. - pensou que ele lhe diria.

"(...) às vezes gosto especialmente quando Tristessa tira as meias para entrar nos cobertores da cama dizendo um segredo de frases de amor veneráveis a meia-voz." Kerouac