segunda-feira, 27 de outubro de 2008
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Ando tentando me locomover sem as pernas, apenas com minha mente que já não chega nem no mínimo do meu limite.
Alguém se sentou perto de mim e o cheiro de talco invade o ar. Ela não pode usufruir do meu talco. Ela não pode ter essa audácia de me encarar com os olhos tentando me ler. Eu sou incoerente, não percebe?
Perdi o meu passado. Perdi os pensamentos alternativos e não-alternativos que me habitavam. Agora nada mais se acumula na minha mente a não ser os fatos do dia, mas quando eu vou dormir estes se apagam também. Desconfio que minha falta de memória seja resultado das noites, manhãs e tardes com bebida. O meu contentamento de ficar horas desconexa do mundo causou-me esse branco mental que não colore e, de alguma forma, só fica mais vazio com o passar do tempo. Não há volta. Não há solução. Não há mais pensamentos e eu não consigo separar o lado bom do lado ruim disso. Já estou fraca. Parece difícil comparar minha mente a meu coração e eu sei que ele não mudou. Poucas mudanças ocorrem em mim e eu lamento quando acontecem.
Alguém se sentou perto de mim e o cheiro de talco invade o ar. Ela não pode usufruir do meu talco. Ela não pode ter essa audácia de me encarar com os olhos tentando me ler. Eu sou incoerente, não percebe?
Não sei em que parte termina a terceira pessoa do singular e começa a primeira. Tanto faz, afinal.
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